06/05/2010 -> Muito sono e muitas lágrimas

Fomos ao médico e ele continua satisfeito com minhas medidas e minha disposição. Fiz várias perguntas sobre o parto e ele, já de melhor humor com o meu jeito questionador e duvidador, disse que eu não sei o que é um parto, que não é uma coisa romântica. Mas ele concordou comigo, se eu não quiser episio, não vai ter - mas que depois eu vou ficar com uma "boca de jacaré" (palavras dele!!) - e o mesmo pra anestesia. Mas ele jura que eu vou pedir anestesia e apostou uma Coca light comigo. rs
Agora eu já tenho exercícios pra preparar o bico do peito: passar a toalha depois do banho e dar puxadinhas e torcidinhas.
O coraçãozinho dela tava lá, todo-todo. E dessa vez nem foi difícil encontrá-la. Acho que ela já está em todo lugar.
Já posso marcar o ultra morfológico, pra ver se os órgãos estão direitinho e se ela está ganhando peso normalmente. Que bom, porque estou morrendo de saudade de ver a gordinha! E vou ter que conferir minha vacina anti-tetânica, pra ver se vou precisar tomar outra.

Depois bati perna a tarde toda e descobri que o Saara é uma maravilha! Tudo que eu andava reclamando sobre o Rio, que não acho isso, que não acho aquilo, lá tem! E barato! É o centro de BH condensado! É a 25 de Março! Mas então, saí de casa pra ir a umas entrevistas de emprego. Quero muito trabalhar, mas tá complicado por causa do horário da faculdade e da barriga. A dona de um cursinho de inglês para crianças me adorou, mas disse não poder ficar comigo agora, já que em setembro vou ter que sair e abandonar as crianças... Mas que ano que vem eu tenho um lugar lá. =)

Aproveitei pra olhar uns carrinhos de baby funcionando e namorar umas roupinhas...

E bora pra faculdade!! Claro que quase dormi e mal falei a aula toda. Cheguei em casa tão, mas tão cansada que desliguei os telefones e fui deitar. Achei que acordaria dali umas duas horas, mas só acordei quando o Nego chegou. Fiquei super sensível e chorei horrores porque quando fui contar da minha aventura no Saara, ele falou que eu podia, ao invés de ter ido pra lá, ter voltado em casa pra dar uma arrumada - sim, tá a maior bagunça - mas eu fiquei super sentida, até porque ele é a única pessoa que eu tenho pra conversar de verdade, o único amigo aqui perto, e se ele não me escuta, quem vai? Pra mim está sendo super difícil estar grávida e não ser mimada, questionada, não ter a barriga tocada a todo instante... De vez em quando alguém na faculdade até faz essas coisas, mas não é o mesmo que se eu estivesse em BH, onde eu sou alguém, onde eu tenho um passado. Qualquer mudança é difícil. A adaptação é sempre um saco. Lembro o tanto que eu chorava quando cheguei nos EUA e depois quando fui pra BH. Mas agora, além de eu não ser ninguém, eu estou grávida! E sinto muita, muita falta de atenção e carinho. E só quando eu consegui parar de chorar e explicar isso pro Nego que ele entendeu da onde vinha tanta loucura.

=(