04/03/2010 -> O alívio de saber que continua tudo bem

Ontem peguei os resultados dos exames que tinha feito (sangue, urina e fezes). Dei uma olhada nos resultados e só não fiquei sabendo quem fui na vida passada. Achei algumas coisas um pouco estranhas, números fora do padrão, mas hoje, na consulta com o médico ele disse que está tudo normal, que algumas alterações nos valores são normais para gestantes. E, o mais legal de tudo, foi que eu descobri que já tive toxoplasmose!!! Estou cheia de anti-corpos e agora não preciso mais ter medo de passar do lado de gato e cachorro na rua. Mas nem isso me dá segurança pra sair abraçando peludinhos.
Fui receitada de um polivitamínico e, segundo a tabelinha de ingestão diária recomendada, acho que não preciso nem mais comer por esse mês. rs O doutor passou vários nomes e eu, como sempre, fui no mais barato. Até porque remédio é tudo igual. Comprei um que chama Materna.
O médico disse que os enjôos devem durar mais umas 2 semanas e marcou outro ultrassom pra próxima semana pra detectar um negocinho que num entendi, que pode mostrar se o bebê tem risco de algum problema congênito. Eu fiquei pensando nisso depois, sobre até onde é bom saber os riscos do bebê ou probleminhas que ele pode vir a ter. Quero saber o sexo dele e só. Se ele vai ter seis dedos, se vai ser doentinho, isso não quero saber, pra não sofrer antes da hora. No fundo, eu acho que vou só me tranquilizar, ouvir, como ouvi hoje do doutor, que está tudo perfeito.
Ele disse que na 16ª semana pede o ultra pra saber se é menino ou menina!

Depois do médico fomos ao supermercado e eu, pela segunda vez na vida, entrei na fila preferencial! Um luxo! Aí eu vi que uma senhorinha entrou atrás de mim e já veio falando "Aahh, vou entrar na fila dos IDOSOS... IDOSOS, PESSOAS COM CRIANÇAS DE COLO, DEFICIENTES..." E eu fiquei quietinha. Até mesmo porque estava super enjoada, com a maior cara de doente. Então fiz que não era comigo. Aí quando a senhorinha da minha frente estava acabando de passar as compras dela, se virou de costas e, pra me alfinetar, falou com a senhorinha de trás "A senhora tem mais de sessenta anos? Se tiver, pode passar." E eu, no tom mais polido e alta classe, sangue nobre que sou, disse "Eu sou gestante, minha senhora." E ela "Ah... Mas está no comecinho, né?" E eu "É, estou bem naquela fase dos enjôos." E, como que para se desculpar, mas aparentemente sem querer pedir desculpas, a senhorinha disse que outro dia uma menina saiu rindo do supermercado dizendo que tinha enganado todo mundo. Desculpas aceitas, querida. E que eu não fique brigona assim quando ficar velha! Aliás, brigona eu já sou, mas eu só brigo quando eu SEI que estou certa. Se fosse eu, teria perguntado, gentilmente, em que categoria de preferencial a pessoa se encaixava, ao invés de ir supondo que é uma mau-caráter. Ora, veja.

Mas eu ando irritadíssima, sabe. Se o Arthur olha pra mim, ou se não olha, eu acho que ele está com raiva de mim. E me seguro pra não chorar. Depois que passam esses momentos, eu acho muito engraçado, porque é um drama sem fim! E ele, coitado, é um santo, que atura quase sempre calado, capaz que pensando: "que mulher lôca!"

No fim da tarde o Arthur saiu pra trabalhar, mas fiquei em boa companhia da TV e de mim mesma. Aproveitei pra trocar o esmalte e comer bastante.

Preciso urgentemente de um corte de cabelo. Curto é sempre melhor, e já me falaram que depois que o bebê nascer, é o melhor a fazer, já que não vou ter tempo mesmo de ficar cuidando das madeixas.

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