22/01/2010 -> Contando para a família materna (ou entre lágrimas e sorrisos)

Acabei de perder meu avô. E, apesar de ser um dia tão triste e cansativo, não pude não estar feliz. Explico: hoje contei pra minha família materna. Primeiro pra minha tia, a Didninha Jojô; foi mais ou menos assim:
Xô - Carolina, que saudade! Você continua uma gracinha!
Eu - Você acha que eu estou mais bonita?
Xô - Você está linda!...
Eu - É porque eu tô grávida!
=) E, enquanto ela ainda via se acreditava ou não, fiz o convite pra ela ser madrinha; aí ela abriu a boca a chorar, numa amoção que eu não pensei que ela fosse sentir. Pelo rumo da conversa entre a rodoviária e o velório, esse Feijão vai estragar, e a gravidinha princesa também, porque a titia vai dobrar os mimos.

Os sentimentos ficaram confusos, entre abraçar e chorar com minha família e entre contar o que talvez pudesse fazê-los sorrir. Mas não contei para ninguém.

Quando consegui ficar perto da minha mãe, contei na versão escolhida, depois de vários ensaios na minha cabeça: 
Eu - Mamãe, você pode fazer acumulação de cargos?
Mãe - Ué, como assim?
Eu - Você pode ser Pampy E Abuela*?
Mãe - An???
Eu - Peipy* vai ser Pampy!
Aí eu percebi que tinha esquecido de fazer a mulher sentar. Ela branqueou um pouco, começou a falar que ia ser avó e, finalmente, me abraçou.

* Pampy = mamãe, na minha língua carinhosa (retardada?)
Abuela = avó, em espanhol, como chamo minha Vovó Ãngela
Peipy = modo carinhoso (retardado?) de dizer baby, ou filha.

Vovó e Vovô são muito populares, então foi complicado pegá-los a sós. Quando os dois foram para o carro, Vovó de dentro, sentada, Vovô de pé do lado de fora, segurei a mão dos dois e disse que iriam ser bisavós. Vovô, fofinho que é, fez cara de "An? Quê?", e aí eu complementei a explicação com um "No seu aniversário de 80 anos, o senhor já vai estar segurando um nenezinho!" Aí ele riu, deu parabéns e me abraçou. Minha vó botou o carão esperado: "Você sabe o que eu penso". O carão durou o tempo todo, com direito a algumas alfinetadas, mas acho que me saí bem de todas.

A Tia Maria Helena, irmã da minha vó, ficou meio a la Vovó Ângela, mas acabou me dando parabéns e até um pijaminha de baby! O primeiro presente do Feijãozinho!

Na família paterna ainda não falei nada... Amanhã...

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