Este é o primeiro dia da minha confirmada gravidez. Não posso dizer que no fundo eu já soubesse, porque tanto eu quanto o Arthur viemos apresentando coisas estomacais como diarréia, vômitos, sensibilidade na barriga... A dor em meus seios podia ser da TPM e os enjôo poderiam ser parte do quadro alimentício. Mas a menstruação atrasou uma semana... e isso nunca tinha acontecido.
Até ontem (sem saber do atraso fora do normal), o Arthur achava que tudo era por causa das comidas exóticas e de origem questionável -> desde 14 de dezembro estamos no Maranhão a passeio e, desde então, comemos de um tudo, até porque nem sempre tivemos muita escolha; era comer o que tinha. Eu, ovo-lacto-vegetariana há 3 anos, até peixe comi. Mas, então, ele duvidava, até se dar conta do atraso e, hoje, enquanto eu fazia as unhas num salão, ouvindo uma mulher meter a língua numa terceira que estava grávida por não usar camisinha, ele começou a se dar conta de que pudesse ser verdade.
E a verdade é que a gente nunca evitou. E aí, ao voltar pra pousada de pés e mãos vermelhos, vi meu nego deitado na cama e a caixinha perto dos pés dele... o teste de gravidez...
E como ele não exigia que fosse a primeira urina da manhã, coletei meu xixizinho e enfiamos o palitinho. A situação ficou tensa enquanto a gente aguardava (eu havia deixado o palitinho no banheiro, pra não ir vendo o processo). E aí apareceram duas linhas! (!!!!!) Pensei que fosse chorar, mas não chorei. Fiquei nervosa nervosa, e ele, apesar de tentar segurar as pontas, também estava nervoso. Falamos do medo, do amor, das implicações, da nossa falta de grana. Eu pensei no barrigão, nas estrias, na yoga que tenho logo que começar. Falamos de nomes, padrinhos, casamento...
E como se a confirmação fosse um elevador hormonal, prontamente comecei a ter desejo e fome. (A parte de comer por dois vai ser legal!) E me questionei se uma mãe pode ter as unhas assim vermelhas e um piercing no nariz...
Sei que estou feliz.
ps.: Quero meu exame de sangue, pra ver se, assim, a ficha cai.
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