Já vi que vou passar 9 meses me sentindo intocável. "Eu estou grávida, eu posso! Eu mereço! Eu preciso!" Como se nenhuma outra mulher na Terra tivesse antes ficado na condição de buchuda. Vejam vocês, a pousadinha onde estamos serve café das 6:30 às 9:00; eu fui dormir com fome; levantei cheia de sono e cara amassada, às 8:30, pensando no café e em voltar pra cama; e o leite já tinha acabado! Ora, o dono da pousada é também dono de uma padaria, como já haviam nos informado, e, nem assim, houve uma mobilização para repor a mesa do café. Saí cuspindo marimbondos, sendo a soberana intocável que o feijão na minha barriga me está fazendo sentir, tomei um café caprichado em companhia do meu namorado lindo, husband-to-be, e, em seguida, passamos alguns minutos conversando numa pracinha. Assim como minha fome, minha vontade de falar dobrou!
Ah, acordei de noite pra pensar e sentir os peitos doerem. Pensei no tanto de coisas que temos que organizar para a chegada do bebê e fiquei grata por a gestação humana durar 9 meses.
Me peguei sentindo um pouco de medo. Não da gestação, não do Feijãozinho, mas da criança fofa e cheia de dobras. Medo do amor que eu sei que vou sentir.
17h -> após um bom almoço e um lanchinho: FOME!
Estou morrendo de vontade de contar pra alguém, mas o Arthur falou pra esperarmos até o exame de sangue. Mas lá em casa quero contar pessoalmente...
21h -> mesmo tendo comido dois pães e toddy, FOME!
Saímos para a dura missão de achar algo que me agradasse, mas, na ausência de opção, fui de sorvete na pracinha... -> que, por sinal, estava cheia de crianças. Eu tento sorrir quando vejo uma delas, mas sinto uma certa repulsa. Mas, também, nunca fui muito fã de filhos dos outros, que eu não pudesse zangar e corrigir.
ps.: se meu namorado já era perfeito, o céu é ainda mais em cima.
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