Nego chegou em casa tarde, porque saiu com os amigos. Eu fiquei com vontade de ir com ele, mas nem cogitei... Se saísse, ia querer voltar logo pra casa e ele nem ia aproveitar. Hoje cedo tinha encontro do Ishtar, tema: Últimos dias da gravidez. Eu queria muito ir e queria que o Nego fosse, mas ele não parecia que ia acordar... Enquanto eu estava escolhendo uma das poucas opções de roupa pra vestir, vi que ele estava sentado na cama e fiquei super feliz! Fomos pro encontro, foi maravilhoso... Pude falar dos meus medos, ouvir que é isso é normal - não só no final da gravidez - e que eu preciso mesmo pesar tudo pra poder decidir qualquer coisa. Dra. Isabela ligou bem no meio do encontro e a gente conversou um tempão. Eu entendo que ela esteja preocupada, por tudo que já viu, por tudo que estudou, mas eu não consigo me preocupar!! Eu sei que está tudo bem!! No fundo, uma voz ainda tenta falar "mas e se?..." e aí vem uma pontadinha de "se acontecer qualquer coisa com a Aurora porque eu fiquei jurando que estava tudo bem, a culpa vai ser minha". Mas isso passa tão rápido! Amanhã temos ultrassom e eu sei que vai estar tudo bem... Mas eu não gosto, ou melhor, não aprendi a viver pensando que coisas ruins acontecem e não sei ficar me preparando para o pior. Eu acho que, quando uma coisa ruim tiver que acontecer, minhas armas se formarão automaticamente, me adaptando pra uma mudança de situação, de planos... SE der alguma alteração no ultra de AMANHÃ, AMANHÃ eu penso nisso, penso no que faço, nos riscos e tal... Mas hoje eu não tenho porque me preocupar. Bem, é assim que eu penso. Por um lado chego a achar carinhosa a forma como a Dra. Isa tem tratado nosso caso, que tem dado bem mais trabalho pra ela do que eu imagino que ela pensou que fosse dar. Por outro lado, eu me sinto meio pressionada. Mas, como o Arthur disse depois, ele acha que eu estou enfrentando muito bem toda essa situação agora.
Peguei o telefone da Ana Lúcia, doula, pro caso de irmos fazer o parto num hospital público. E as coordenadoras do grupo, Ingrid e Maíra, também falaram que posso ligar pra elas quando souber quem são os plantonistas do dia, das maternidades que eu estiver pensando em ir, pra elas me aconselharem, já que conhecem vários profissionais.
Mas minha primeira escolha ainda é a Perinatal e a Dra. Isabela. Só quero estar preparada pro caso de ser um dia de plantão dela ou de dar alguma coisa errada, tipo a equipe dela já estar atendendo outro parto e não ter como ir pra lá.
Falaram de acupuntura (e só essa semana eu descobri que não é acuNpultura! Até porque seria com M, né... Antes de P e B...) pra induzir o trabalho de parto. Eu até já anotei os nomes dos médicos que têm Cassi aqui no Rio, depois vou ligar pra saber se algum é especializado em fazer indução, mas acho que só faria isso mais pra 41 semanas. Porque eu comecei a pensar que qualquer indução, mesmo as naturais, são desrespeitosas em relação ao tempo da Aurora. Seria uma forçação de barra disfarçada, com menos efeitos colaterais pra mim, que possibilitaria o MEU parto natural, mas eu quero que seja o NOSSO parto, meu e da Lola.
Vimos um vídeo de parto na água tão lindo... A mãe tão tranquila... Aí comecei a ficar emocionada. E depois teve tipo um ritual do "colo", onde eu e outra grávida nos deitamos e as outras pessoas nos tocaram, emanando boas energias. Aí eu chorei. Foi um choro de emoção e aflição, desejando muito mesmo um parto lindo, imaginando a chegada da minha filha, mas sem poder saber direito o que vai acontecer...
Também rolou uma roda de livros e peguei alguns emprestados pra ajudar a passar o tempo nesses dias de um pouco de ansiedade. Vou contando à medida que for lendo.
Viemos pra casa e Nego fez um almoço delícia pra gente. Li um pouco sobre pós-maturidade na internet, sobre métodos de indução e sobre boas maternidades aqui no Rio. Falaram muito bem da Herculano Pinheiro, mas é bem longe... Se Aurora nascer de madrugada, aí tudo bem. Sem trânsito! Sobre tudo que li, não me senti nada apavorada. Entendo sim, o risco aumentado que temos após 40 semanas e acho que devemos monitorizar mesmo - apesar de um dia ter falado que não ia mais fazer ultra, nesse momento eu acho importante. E mesmo sobre a indução, não estou com medo algum, pelo contrário, acho que vai acontecer o que tiver que acontecer e minha filha vai chegar muito bem.
ps.: agora de noite o Nego perguntou se quero comprar uma piscininha inflável aqui pra casa... rs Eu acho a coisa mais linda pensar num parto domiciliar, mas ainda estou muito cagona pra isso. Não consigo deixar de lado os "mas e se" na hora do parto.
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